sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Carrinho velho


Eu já fui criança e experimentei a vida junto aos gigantes. Meu olhar sempre dirigido ao alto seguia novidades e surpresas constantes.

Quando se é criança o céu não é o limite, é força total adiante, sentido único para o futuro. O queixo erguido ao norte parece impulsionar o crescimento de nossos corpos.

Diante do novo, contemplamos a cada instante, pequenas coisas como o tamanho da mão de sua irmã menor ou o velho carrinho largado por seu irmão. Somos minúsculos potenciais em defesa e crítica.

Temos um mundo de possibilidades para alcançar cada vez mais às alturas do corpo, da alma e da razão.

Mas chega um dia que esta elevação cessa e por ai ficamos estagnados no hoje. Os olhos, queixo e nariz voltados para o alto, agora nos submetem a um grau inferior na alma.

Quando voltamos nosso olhar ao sul, somos gratificados com a solidariedade. Não vemos mais, pequenas mãos e sim grandes atrocidades e injustiças cometidas por algum daqueles que abandonaram seus carrinhos por novos valores podres da sociedade cega.

É por isso que hoje sempre me lembro que fui criança e ainda enfrentarei o peso da idade, onde estarei olhando para frente sem abandonar os melhores pontos cardeais da minha vida.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Vírgulas do medo

É preciso ter muita coragem para se entregar ao destino. Mesmo assim, enfrentamos e seguimos. Passo a passo seguimos onde o vento nos levar e nem percebemos o quanto somos fortes e determinados.

Encaramos o futuro com rosto erguido e peito aberto, sorriso no rosto e esperança no coração.

O trajeto não é nada fácil, mas para isso contamos com o bom humor. Corremos em direção do ali que nem nos tocamos que estamos bem aqui.

Somos espelho em reflexão que não transmite o que somos neste instante e sim segundos à frente. Nosso desejo de ir em frente é tanto que às vezes paramos bruscamente por um motivo banal. Motivo esse que nos trava de seguir por certo receio ou medo. Mas qual medo, um pior do que aquele de seguir para o desconhecido?

Essa é a questão da humanidade. Traumas, seqüelas, perigos dos nossos vizinhos se tornam particulares a nos quando relatados. Não precisamos vivê-los para temer, basta saber que sentimos a coluna tremer.

Aos poucos com o esquecimento, vamos continuando no caminho sorteado e por ai seguimos sem qualquer script ou pauta.

Vivemos a vida vivida! Como um texto raro, onde nossos medos são como vírgulas em palavras de suspense e murmúrio.

Como somos escritores de nosso próprio destino, transformamos o receio e somamos a força de vontade que ao final concede uma coragem absoluta para sermos hoje quem somos!

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

NÃO PASSE ADIANTE

Quantas vezes você quanto criança ouviu falar em falta de água, economia de luz ou planeta sustentável? Não sei que idade tenha, mas tenho a certeza que ouviu poucas ou raras vezes.

O mundo foi criado a partir da terra, ar, mar e natureza. Somente após isso é que o homem chegou. E não é que o homem chegou e achou que era o “dono do pedaço”? E era!

Todos nós recebemos gratuitamente o mundo que vivemos e qual é a nossa obrigação? Simples, temos apenas que contemplar suas belezas e preservar!... PRESERVAR? Nossa, acredito que a humanidade não tenha escutado até o final.

De maneira desordenada e cotidianamente, litros de água são jogados fora a cada hora do dia, toneladas de lixo são depositadas nas grandes metrópoles por segundo, a eletricidade consome mais energia que os nossos corpos deveriam gastar para viver.

Nossos hábitos corriqueiros são mal educados mesmo sem querer. Somos exemplo de uma geração que fez com que seu habitat fosse alvo de seus próprios ataques, até o dia em que a natureza pediu ajuda.

Que vergonha! Aquilo que ganhamos de presente de nosso Criador sendo extinto, esmagado, calado, jurado de morte! Assassinado por nós mesmos!

Poucos inocentes em forma de humanos se sensibilizam e começam a busca por soluções. Estes poucos que ontem foram crianças, hoje lutam por uma saída ao caos do fim de um mundo hoje ainda habitável.

Mesmo que uma pequena batalha contra a destruição do nosso planeta tenha sido iniciada, ainda não vemos uma luz no fim do túnel. Mas por quê?

O egoísmo, e egocentrismo, a ganância e a omissão se instalaram nas mentes mais abertas que não pensam em se fechar por um problema existencial do seu próprio futuro.

Hoje vemos a garra dos poucos que mesmo sem grande voz, berram em sinal de alerta... De perigo!...De SOS! Já jogaram os botes e os coletes à nossa fauna e flora, agora pescam as almas sensibilizadas pela dor da nossa natureza.

O meio ambiente pede um STOP!

Vamos inspirar fundo agora e não vamos deixar que este ar que hoje preenche nossos pulmões se acabe.

Ajude os “poucos” a virarem TODOS!

Vamos fazer com que nossos filhos não saibam o que é falta de água ou economia de luz e sim que eles vivam de maneira correta sempre preservando o planeta de forma diária e constante. Deixemos que esta vergonha fique apenas em nossa geração. Não vamos passar adiante!

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Rara e Incomum


Rara galáxia espiral foi detectada no interior do agrupamento conhecido como Coma ou Abell 1656
Fonte: Terra / Foto: Nasa

Vida Plena

A vida é muito engraçada, podemos vivê-la da melhor forma possível e depois percebemos que não foi tão boa assim.

Essa é uma sentença que todos nós ganhamos, quer dizer, na verdade pedimos! A maneira que escolhemos para levar nossos dias reflete diretamente naquilo que chamamos de futuro.

Algo longe; inexplicável, pretensiosamente calculado em nossas mentes... É assim que vemos nosso destino.

Caminhos que ontem foram bem planejados hoje são vistos com indignação por tal opção.

Toda essa indignação, por atitudes tomadas, some pelo sifão de novos planos que ao certo irão para a mesma direção.

Na verdade, não percebemos que o nosso erro sempre foi julgar nossas escolhas e esquecer de tudo o que está ao nosso redor.

Se você, neste exato momento, olhar em sua volta poderá ver coisas que até agora não parou para contemplar, como por exemplo, o som do vento; o cantar de um pássaro; uma porta que se fecha; um carro que passa; um cachorro que late; a chuva que caiu antes da chegada do sol, a pessoa que está sentada ao seu lado e até mesmo como está a sua respiração.

É preciso que o agora seja plenamente vivido com experiência máxima e que seu corpo e sua mente comemorem o fluxo natural e certo da vida. Sendo assim, amanhã poderemos viver outro dia com plenitude e exaustão de sentimentos sem subjugar aquilo que fizemos com completa gratidão.

Viva hoje com toda sua saúde, respiração e batimentos cardíacos. Viva!

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Olhos que sentem

Ontem como de costume olhei para a Lua, mas não foi como sempre. Algo me surpreendeu.

Fixei o olhar e recebi sentimento, a Lua estava com duas asas de anjo.

Nuvens bem colocadas fizeram parceria à ela na imensidão do céu.

Logo me perguntei... Pq a Lua tão formosa, grandiosa, serena, plena, charmosa, caridosa, guerreira, irmã e companheira poderia aparecer com asas?

Quanto mais olhava mais hipnotizada ficava. Era a luta daquilo que via com aquilo que não sabia.

Sei bem o quanto é mágico e magnifico nosso universo, mas aquilo era algo inexplicável.

Estava paralisada com tamanha beleza, quando senti um vento forte balançar meus cabelos e refrescar minha pela. Voltei meu olhar e ali estava: as asas ao seu lado. Como?

Pergunta sem resposta. O que vejo é o que mais me interessa.

Minutos e minutos obstinada com aquela cena sem explicação, sem final... Apenas contemplação e admiração.

Hoje posso deduzir algo simples e único. Como pude ser tão tola? Estava diante de meus olhos e nada percebi.

A Lua não bóia no céu, ela voa por entre o mundo e nos guia e protege, como um anjo da guarda brilhante e puro.

Meus olhos acharam asas por entre as nuvens, mas como dizem: "os olhos são janelas para nossa alma"!

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Universo em destaque

Imagem da Nasa mostra nebulosa planetária NGC 2818 dentro de conjunto de estrelas NGC 2818A, na constelação Pyxis
Fonte: Folha Online / Foto: Nasa

Sina minha, onde está?

Por onde andam seus passos
Nem se quer podem encontrar os meus
Fujo das certezas e verdades
Me encontro na luz de um breu

São promessas, entregas, conflitos
Amores, perdas e dor
Caminhos incertos e frágeis
Confio no que vejo a frente
Sigo minha luz

Se nada vale tentar
O que vale então?
Sentar e esperar ou
correr em busca do vão?

Acreditar em mim é o mais certo
Meu sentimento me faz mais veloz
Sou vida aqui neste dia
E já sei que é em você que encontrarei minha sina

Até lá!

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Incertezas do Infinito


Infinitos na Incerteza

As fotos do dia mostram um universo cheio de vertentes e mesmices.

A inovação recria antigos lançamentos, que hoje nos tornam imensamente independentes e viciados em substituições por um dia mais atual.

Os fatos não chocam, apenas nos prendem a atenção. São casos e acasos que se tornam comuns aos olhos nada comuns.

Somos antenas desplugadas de nossa alma, de nosso ser.

Transmitimos o que o satélite "hoje" nos retransmite.

Nem incontáveis segundos nos tiram da percepção ridícula em que nos encontramos agora.

Crises neuróticas e tardes cintilantes se misturam assim como nosso bom humor.

Somos tablóides em vida. Nossa história é contada atráves de atos gravados em CD's nunca impressos. Fatos históricos presos por anos em gravetas, agendas, pastas ou pendrives.

Nossas emoções controladas por spams e bytes, são facilmente alteradas e manipuladas pelo deterioramento do tempo.

São imagens sem sentido o que olhos podem enxergar, mas nosso cérebro não processa.

Os anos são infinitos na incerteza dos dias gastos com horas de informações e dados sem sentido.

Todos os movimentos são supostamente suportados pelo apego por algo que se não vê. Algo mais sublime, superior, eterno: a Fé!

Como algo tão antigo ainda não foi recriado?

A resposta é simples: A Fé de cada um é inabalável aos olhos do nosso Criador que nada REcria...e sim atualiza com verdadeiro amor!